terça-feira, 17 de agosto de 2010

Cantinho da Arte: projeto realizado no Iprev.
.
Eu nunca escrevi sobre meu trabalho em assessoria de comunicação. É... Também sou assessor de comunicação do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Maceió (Iprev Maceió). Todas as manhãs estou no órgão trabalhando, sozinho, com as tarefas que interessam a Prefeitura de Maceió. Escrevo matérias, e muitos outros arquivos referentes ao Instituto que são publicados no Diário Oficial do Município de Maceió.
.
É um serviço bem diferente do trabalho no jornal, e nem se fala quando comparado ao que faço em Design de Interiores. Às vezes é muito morgado, às vezes é bem corrido. Tenho que ficar sempre em contato com o Diretor Presidente, e em qualquer evento importante preciso estar envolvido. Quanto ao público, por vezes estou em contato com os aposentados e pensionistas. São tantas histórias: de batalha, de amor, de tristezas, de alegrias etc.
.
É uma nova e diferente experiência. Mais uma bagagem, não só quanto futuro jornalista, mas como pessoa humana que sou. Aprendo muito com as histórias e gosto dos desafios. Sem contar que hoje é mais um serviço que complementa meu orçamento enquanto estagiário. rs Isso é muito importante, não vou mentir.
.
Vamos se bora que a vida continua.

segunda-feira, 5 de julho de 2010



Há 17 dias, uma forte chuva despencou entre os estados de Alagoas e Pernambuco. As águas caíram sem dó, encheram os rios, que poluídos e rasos, transbordaram. Invadiram habitações, órgão públicos. Destruiram o comércio, vidas. Arrasaram o cotidiano sofrido de milhares de nordestinos.
.
"A enchente chegou como uma onda", que levou consigo muitos amores, alegrias, sofrimentos, conquistas, saúde. Bagunçou organizações, encheu de fome os sobreviventes, de necessidades e de muita tristeza. Com o instinto pedindo para recomeçar, mesmo desolados, os valentes visitaram seus terrenos, tentaram recuperar o que restou, derramar as lágrimas que já custavam percorrer a face.
.
Mesmo tardia a repercussão, o mundo soube por meios de comunicações a idéia da catástrofe nas cidades afetadas. Viram trilhos retorcidos, casas destruídas, famílias cabesbaixas, um céu ainda cinza, em uma terra que clamava pelo verde e amarelo.
.
Os donativos começaram a chegar em cidades que abrigavam famintos. De comida, de casa, de roupa, de segurança, de saúde, de educação, de esperança. Candidatos a eleições seguraram a bandeira da tragédia para pedir ajuda aos desamparados. Representantes do Estado visitaram os municípios. Voluntários apareceram. Jornalistas. Até estudantes que fizeram da catástrofe um imenso estágio.
.
Porém, a imensidão é mais do que se imagina. Só aqueles que estiveram nos lugares têm idéia da complexidade do fato. Hoje, as notícias estão deixando de sair na imprensa, a "novidade" deixa de ser "novidade". Mas a realidade não deixa de existir. Então não deixem de pensar nas vítimas, pois com certeza elas não estão deixando de pensar em vocês!

sábado, 1 de maio de 2010



Uma página da minha vida foi virada. Essa é a conclusão que eu tenho ao observar essa imagem. Ela faz parte de alguns projetos feitos por mim enquanto trabalhava em uma indústria de modulados na área de Design de Interiores.

Trabalhar projetando ambientes é muito bom! A gente trabalha com a criatividade, experimenta materiais, conhece muitas pesoas; vendemos sonhos, e em cada sonho vai um pouquinho dos nossos, o que pode nos entristesser ou nos enaltecer.

Minha única motivação para dar um tempo nesse mundo foi a correria que eu estava vivendo. Trabalhar para empresário diretamente é muito complicado. Eles querem receber os lucros e pouco partilhar com o projetista. De projetos grandeosos, 1% da venda chegava ao meu bolso. Isso é frustrante, principalmente quando a gente passa três anos da nossa vida da faculdade e somos obrigados a enfrentar essa situação.

Com medo de cair na rotina, preferi arriscar o jornalismo. Até o momento não me arrependo. Só tenho saudades de muitos amigos que eu tive que me afastar, mas era preciso, tenho certeza disso. E tenho a certeza que um dia eu volto a atuar em Design de Interiores, pois apesar de tudo isso, é uma área de grande procura: tanto por parte do público, como por minha parte pelo profissional que eu sou.

segunda-feira, 26 de abril de 2010



Olhem quem eu conheci. Me encheram de perguntas enquanto eu estava fotografando para uma matéria especial. Tão legais... Me questionavam tudo, e lógico, queriam aparecer em tudo.
.
Estavam vindo da escola com a avó. Pelo que eu entendi, são da mesma família. Fizeram a graça na pauta, transformaram uma matéria cotidiana em algo diferente do comum.
.
Com esse momento, fiquei pensando em quantas pessoas eu já devo ter conhecido nesses meses de trabalho em jornalismo. Quantas pessoas eu sorri, quantas pessoas eu temi... É tanta gente que eu nem lembro. E olha que são meses!
.
A graça de tudo isso é que nosso dia não cai na rotina. Sempre somos surpreendidos com o novo. Acho que é isso que tanto me encanta na profissão: o inesperado. Mas eu só espero que as surpresas sejam boas né? Ou pelo menos com um desfecho bom. Pelo menos... Em maioria.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Dia de pauta






Incrível. Existe dia em que simplesmente não sái nada. No entanto existem outros que falta tempo para gente poder cumprir todas as matérias. Acabamos infelizmente escolhendo aquelas em que valeria a pena estar presente, nos levando ao pecado de terminar a pauta por telefone.



Para piorar a vida do estagiário, imagine que esse dia corrido seja um dia de prova e nessa prova os assuntos sejam: o Código de Ética do Jornalista, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e um texto de algumas páginas sobre Ética.


O resultado disso? Até que no fim tudo dá certo e vira graça. Mas durante a pauta... É um aperreio. Nesse dia das fotos eu tive que viajar para cidade de Marechal Deodoro, em Alagoas. Nos foi informado que o nível da laguna Mundaú havia subido e as águas invadido algumas habitações ribeirinhas no bairro de Poeira. Verdade! E ainda descobrimos que, além dessa água, ainda tinha a água da chuva que foi empossada transformando os acúmulos de água em viveiro de girinos e larvas de mosquito da dengue.





É subumano a condição em que as pessoas viviam. Em meio as águas, fedor e muita sujeira. Escutei muitas histórias lamentáveis... Mas o que fazer? No momento só tentar publicar. "É dever do jornalista divulgar os fatos e as informações de interesse público" (CEJ, art. 6º, inciso II).





2010, ano de eleições. São milhares de secretarias e candidatos para atender ao povo da antiga capital alagoana. Vamos aguardar quais serão as cenas dos próximos capítulos.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O que é a consciência do povo?

Vejam o flagra que eu fiz enquanto fazia uma matéria para o prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental.

Agora lembrem do que está acontecendo no Rio de Janeiro.

Tenso.


As pessoas querem sua casa própria. Mas constroem em lugares inapropriados. Até entendo o porquê de ocuparem essas regiões. É o crescimento desordenado, a falta de um projeto urbano. Só não entendo o que os levam a irem de encontro ao óbvio.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um aprendiz de jornalista

Cinco meses de jornalismo impresso. Um mês de assessoria de comunicação. E foram quatro meses de projetista. O tempo passou nesses oito meses de blog desatualizado... Muitos momentos eu vivi, bons e ruins. Vivências que me fizeram estar aqui, "magricelo", mas de pé.
.
É uma corrida contra o tempo. Vejo muitas pessoas, falo com muita gente, mas não são todas as pessoas que deveriam estar partilhando as horas do meu dia comigo. Fico o tempo todo me dedicando a aprender, a "construir meu nome"... Será que estou certo?
.
Essa imagem foi dessa semana em uma pauta no Vale do Reginaldo, periferia de Maceió/AL. Um homem pulou da ponte após matar sua própria esposa. Foram 42m até ele encontrar seu fim.
.
Lembrei de "A Hora da Estrela". Sei lá o porquê. Acho que pela fama que ele adquiriu com a sua morte. Até capa de jornal ele foi. Antes sabíamos nem da existência dele. Pior entender quais os motivos que levaram ele a cometer os dois crimes. Eu só tinha certeza que foi em desespero...
.
Eu nunca senti um desespero tão forte assim para que eu cogite retirar minha própria vida. Tenho 23 anos, completados nesse último Domingo. Mas eu nunca senti algo assim tão intenso que me encorage a chegar nesse ponto. E olhe que eu já vivi muitas decepções nesses 23 anos!
.
Por mais que eu chore, eu sempre acredito que amanhã estarei sorrindo. Se eu estiver na lama, eu acredito que amanhã eu estarei numa cama macia e cheirosa. A natureza sempre busca o equilíbrio. Temos sempre que acreditar que depois de noites frias chegarão dias quentes. E assim a gente vai levando a vida.

Fãs

Arquivo

Thallysson Alves

Maceió, Alagoas, Brazil
Alguém que tem a necessidade de explorar as idéias, romper barreiras, trabalhar as possibilidades e estudar o impossível.