segunda-feira, 5 de julho de 2010



Há 17 dias, uma forte chuva despencou entre os estados de Alagoas e Pernambuco. As águas caíram sem dó, encheram os rios, que poluídos e rasos, transbordaram. Invadiram habitações, órgão públicos. Destruiram o comércio, vidas. Arrasaram o cotidiano sofrido de milhares de nordestinos.
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"A enchente chegou como uma onda", que levou consigo muitos amores, alegrias, sofrimentos, conquistas, saúde. Bagunçou organizações, encheu de fome os sobreviventes, de necessidades e de muita tristeza. Com o instinto pedindo para recomeçar, mesmo desolados, os valentes visitaram seus terrenos, tentaram recuperar o que restou, derramar as lágrimas que já custavam percorrer a face.
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Mesmo tardia a repercussão, o mundo soube por meios de comunicações a idéia da catástrofe nas cidades afetadas. Viram trilhos retorcidos, casas destruídas, famílias cabesbaixas, um céu ainda cinza, em uma terra que clamava pelo verde e amarelo.
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Os donativos começaram a chegar em cidades que abrigavam famintos. De comida, de casa, de roupa, de segurança, de saúde, de educação, de esperança. Candidatos a eleições seguraram a bandeira da tragédia para pedir ajuda aos desamparados. Representantes do Estado visitaram os municípios. Voluntários apareceram. Jornalistas. Até estudantes que fizeram da catástrofe um imenso estágio.
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Porém, a imensidão é mais do que se imagina. Só aqueles que estiveram nos lugares têm idéia da complexidade do fato. Hoje, as notícias estão deixando de sair na imprensa, a "novidade" deixa de ser "novidade". Mas a realidade não deixa de existir. Então não deixem de pensar nas vítimas, pois com certeza elas não estão deixando de pensar em vocês!

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Thallysson Alves

Maceió, Alagoas, Brazil
Alguém que tem a necessidade de explorar as idéias, romper barreiras, trabalhar as possibilidades e estudar o impossível.